MASTOPEXIA – “LIFTING” MAMÁRIO

A mastopexia, também conhecida como Lifting Mamário, é uma cirurgia plástica estética para dar forma e elevar os seios. É natural a queda, ou ptose, dos seios devido à frouxidão dos tecidos e ao excesso de pele, ou pela redução de volume da glândula mamária.

Geralmente, isso ocorre a partir da puberdade ou na menopausa, por causa da variação hormonal, e também pelo uso de anticoncepcionais orais, gravidez, amamentação, oscilações de peso, envelhecimento e hereditariedade. E, não podemos esquecer, da lei da gravidade.

Nesse procedimento, o cirurgião remove parte da pele, levanta a mama e reposiciona a aréola. Dependendo do resultado esperado, a paciente pode manter ou aumentar o tamanho das mamas, associando a colocação do implante de silicone para preencher o colo e aumentar o volume dos seios. Leia sobre aqui.

Essa técnica é indicada para mulheres que possuem seios caídos e/ou flácidos. Muitas vezes, ao longo do tempo e também pelas amamentações, a aréola da paciente pode se alargar e, com a mastopexia, é possível reduzi-la. A mastopexia tem um caráter rejuvenescedor, conseguindo atender expectativas das pacientes que buscam uma mama com posição mais alta, melhor posicionamento das aréolas, além de uma pele com aspecto jovem e firme. A cirurgia é indicada para pessoas que se incomodam com a forma e volume dos seios: os mamilos e aréolas apontam para baixo ou se posicionam abaixo do sulco da mama; ou uma mama é mais baixa que a outra.

Sim, qualquer tamanho de seio pode ser tratado com a mastopexia e obter bons resultados.

A cicatriz da mastopexia pode demorar alguns meses para ficar totalmente disfarçada. Por isso, é importante o cuidado pós-cirúrgico e a utilização de pomadas cicatrizantes, além da não exposição ao sol.

A cirurgia dura, em média, de 1 hora e 30 minutos a 3 horas, dependendo da complexidade. Quando não é necessário o implante de silicone, retira-se o excesso de pele e o tecido mamário da parte inferior da mama é reposicionado para dar firmeza e um novo contorno à mama. Em alguns casos, o cirurgião precisa remover gorduras ou glândulas para proporcionar um melhor formato aos seios. O tempo de internação varia de 12 a 24 horas. A anestesia pode ser local com sedação, geral ou peridural.

Sim. A técnica mais comum é com uma cicatriz final em “T” Invertido ou Âncora. Existe também outras duas técnicas: a com cicatriz vertical. A escolha vai depender do tipo de mama e do resultado esperado pela paciente.

– Cicatriz Vertical: Nesse método as marcações envolvem a volta da aréola e segue na vertical, até o sulco inframamário. É indicada para quem tem pouco excesso de pele e para mamas que não sejam “largas”. 

– “T” Invertido ou Âncora: é a técnica usada com mais frequência, quando é necessário retirar maior quantidade de pele. No T-Invertido, as incisões resultam em uma cicatriz em volta da aréola que desce na vertical e na horizontal, no sulco inframamário. A cicatriz horizontal, normalmente, não é uma cicatriz longa.

Após a avaliação das mamas e a escolha da melhor técnica pelo médico, deve-se realizar os exames pré-operatórios, incluindo os de sangue, avaliação cardiológica, ecografia mamária e mamografia. Também se recomenda que a mulher interrompa o uso de alguns medicamentos, bebidas alcoólicas e cigarros algum tempo antes do procedimento. Além disso, se preparar psicologicamente e estruturalmente para o pós-operatório é muito importante.

Nos primeiros 30 dias, deve-se vestir um sutiã modelador em tempo integral, retirando apenas para o banho. Essa peça tem o objetivo de diminuir o inchaço, sustentar e remodelar a mama operada. Depois do primeiro mês, a utilização se mantém entre 30 e 90 dias, porém, menos rigorosa. Com 3 meses de pós-operatório, já é possível colocar sutiã comum.

A interferência na amamentação após cirurgia plástica depende da técnica utilizada. Ela pode ser comprometida, dependendo da quantidade de tecido trabalhado e da liberação para subida da aréola e mamilo. É muito variável, pois está relacionada às características de cada mulher. Pode ter relação com a remoção das glândulas e/ou compressão dos dutos mamários.

Como em qualquer outra cicatriz, os tecidos mamários são cortados e demoram certo tempo para voltarem ao normal. Isso pode ocasionar um aumento ou diminuição da sensibilidade, porém isso é passageiro na grande maioria dos casos. Após 6 meses de cirurgia, a sensibilidade deve retornar ao normal.

O primeiro resultado pode ser visto após 1 mês da cirurgia, porém a paciente terá que aguardar a mama desinchar completamente. Isso pode levar até 1 ano. Após esse tempo, as cicatrizes já se encontram mais finas e claras.

Sim, uma nova ptose das mamas pode acontecer devido a uma oscilação grande de peso, envelhecimento e amamentação, porém o resultado se mantém por muitos anos. Vale destacar que o cuidado com uso de sutiã, principalmente nas atividades físicas, ajuda a manter o resultado.

Embora a recuperação seja rápida e tranquila, o pós-operatório exige cuidados! Nas primeiras semanas, é normal sentir um leve desconforto, sensação de peso ou alteração na sensibilidade dos seios.

Abaixo as recomendações que devem ser seguidas a partir do dia seguinte à cirurgia:

-Banho deve ser tomado já no primeiro dia, após a  cirurgia. O melhor momento para tomar banho é após a refeição. É normal a paciente ter episódios de pressão baixa e nos primeiros dias do pós-operatório. Então, vale a pena tomar alguns cuidados. Tenha uma pessoa para ajudar durante o banho. Não tranque a porta do banheiro. Mantenha o vaso sanitário com a tampa abaixada e um banco dentro do box do chuveiro, caso necessite apoio.

– Não lavar o cabelo sozinha, nem usar chapinha ou secador. Peça para alguém ajudar ou vá ao salão. 

– Não erguer os braços acima da cabeça por 30 dias, apenas levemente para higienizar as axilas.

– Secar os micropores com secador de cabelo na opção frio, pois a pele pode estar sem sensibilidade e, no modo quente, há risco de fazer queimadura. O micropore será trocado de 7 em 7 dias, salvo exceções.

-É importante realizar massagens nas cicatrizes, com cremes prescritos pelo médico, para o tratamento estético delas.

– Deve-se usar um sutiã apropriado, 24 horas por dia, nos primeiros 2 a 3 meses. Você pode retirá-lo, eventualmente, para ocasiões que peçam um vestido decotado, por exemplo. 

-Caminhar dentro de casa a cada 1 hora e meia. Não ficar muito tempo parada. Pode subir um lance de escadas devagar. 

– Ao levantar da cama ou sofá, usar a força do quadril e abdome, nunca forçar os braços.

-Dirigir está liberado após 20 dias (se o carro for automático). Não fazer baliza nos primeiros 20 dias dirigindo.

– Não carregar peso (inclusive bolsa pesada).

-Não praticar exercícios físicos leves por 1 mês e de membros superiores por 2 meses; 

-Deve-se dormir nas posições indicadas. Regularmente, durante os primeiro mês, a paciente deve deitar apenas de barriga para cima. 

– Incluir na sua alimentação frutas, verduras e fibras. Beber bastante água. 

– Cuidados com o sol, passar protetor solar de 3 em 3 horas e cuidar por 6 meses, pois existe o risco de manchar a pele, mesmo depois de não ter mais os “roxinhos” aparentes.

-A atividade sexual pode ser retomada após 30 dias, com certos cuidados.

– É necessário que a paciente pergunte sempre ao seu médico o que pode e o que não pode ser feito em relação aos movimentos e atividades.