ABDOMINOPLASTIA

O procedimento de abdominoplastia tem por finalidade retirar o excesso de pele e gordura do abdome e reposicionar os músculos da parede abdominal para uma aparência mais firme e plana. A abdominoplastia não tem o intuito de eliminação de peso e sim redução do volume abdominal.

Porém, quando o paciente está acima do seu peso ideal, há também um resultado compensatório, mas vale ressaltar que as demais regiões com excesso de gordura ainda permanecerão.

A cicatriz da abdominoplastia é horizontal e curva localizada na parte bem inferior da barriga, sendo normalmente coberta pela roupa íntima e de banho. A sua extensão irá variar com o volume a ser corrigido no procedimento. Já a cicatriz ao redor do umbigo, ficará imperceptível devido a técnica utilizada.

O resultado definitivo ocorre ao decorrer dos meses, mas nunca antes de 6 meses. Nos primeiros meses pós-operatório, o abdômen ainda apresenta edema, o qual irá regredir aos poucos. Também o aspecto de abdômen “esticado ou plano” ocorrerá gradativamente no decorrer dos meses até chegar ao resultado definitivo.

Sim, é possível, mas com uma nova gestação terá perda parcial do resultado estético. O ideal é que a pessoa tenha todos os filhos antes de se submeter ao procedimento. Numa nova gestação deve-se controlar o peso, e hidratar bem a pele do abdome. Com relação ao desenvolvimento do bebê, uma abdominoplastia prévia não causa nenhum problema.

Este procedimento é indicado para pacientes que possuem flacidez, excesso de pele e gordura abdominal, principalmente em mulheres que tiveram filhos. Também é utilizada para corrigir diástase (separação entre os músculos reto-abdominais), pacientes que tenham fraqueza na musculatura e desejam promover a estabilização da parede abdominal e pacientes que possuem flacidez abdominal e que não conseguem eliminá-lo com dietas, exercícios e outros métodos que não foram eficazes.

O desconforto maior é nos 3 primeiros dias. É necessário que o paciente obedeça às prescrições dos medicamentos feitas pelo cirurgião, respeitando a dose e os intervalos entre eles, para evitar um pós-operatório doloroso.

A anestesia geralmente é realizada com a epidural associada à sedação, ou anestesia geral. Na consulta pré-anestésica, o médico anestesiologista decidirá em conjunto com a paciente.

O médico deverá solicitar uma série de exames laboratoriais para verificar o quadro de saúde do paciente. Sendo eles: exames sanguíneos (hemograma e bioquímico), glicemia em jejum, além do exame cardiológico (eletrocardiograma). Se o médico achar conveniente, pode solicitar exame ultrassonográfico da parede abdominal para descartar possível hérnia, bem como outros exames adicionais, caso haja alguma suspeita.

O procedimento de abdominoplastia costuma ter duração em torno de 2 horas, podendo variar em cada caso.

A cirurgia consiste na remoção do excesso de pele e subcutâneo em  formato de fuso horizontal do abdômen inferior até a região do umbigo.

A partir disso, é descolada a pele e subcutâneo para expor os músculos do abdome. Em seguida, é realizada a plicatura dos músculos reto abdominais. E, depois, é realizado o reposicionamento da pele e a retirada do excesso dela e da gordura excedente. Por fim, é colocado dreno para evitar o acúmulo de líquido e realiza-se as suturas finais. É muito comum associar a lipoaspiração nas regiões laterais, ou superior do abdome para melhor resultado estético, dando um contorno muito mais harmônico.

Saiba mais sobre lipoaspiração aqui!

Será necessário apenas a retirada de alguns pontos e isto ocorre entre 7 e 15 dias após a cirurgia. De modo geral não haverá pontos a ser retirado, pois a sutura ficará na parte interna da pele a chamada sutura intradérmica.

Sim, colocamos um dreno para evitar o acúmulo de líquidos, normais no pós-operatório no abdome e o mesmo geralmente é retirado entre 1 a 5 dias do pós-operatório, dependendo do caso.

No umbigo, após lavá-lo e secá-lo cuidadosamente, deve-se preencher o espaço com gaze, geralmente duas. No curativo inferior, apenas secar o micropore com secador de cabelo em temperatura fria. Este micropore será trocado a cada 7 dias, podendo variar em cada caso.

O paciente deverá ter alguns cuidados em seu pós-operatório em casa.

Deverá permanecer em repouso, sem fazer a rotação lateral do tronco, manter a cabeceira da cama sempre elevada e joelhos dobrados, se necessário usar triângulos de espuma ou almofadas. Para levantar, o paciente deverá solicitar ajuda e apoio, ficando primeiramente em decúbito lateral para depois levantar.

O paciente deverá caminhar várias vezes ao dia, a cada 1 hora e meia, dentro de casa, para estimular a circulação sanguínea e diminuir o risco de trombose. Subir 1 andar de escada também está liberado após o segundo dia, porém devagar e cuidadosamente. Meia antitrombo é recomendado o uso por 15 dias. E usar a cinta modeladora tipo macaquinho 24 horas por dia.

A alimentação do paciente deverá ser rica em proteínas, necessário para a cicatrização e composta de frutas e verduras que contenham fibras, para estimular a movimentação do intestino, pois o uso de anti-inflamatório pode deixá-lo mais lento.

Recomenda-se tomar banho a tarde, após uma boa refeição e sempre manter um banco dentro do box do chuveiro, não chavear a porta e ter alguém supervisionando, pois há risco de sentir fraquezas e episódios de queda de pressão, o que é normal nos primeiros dias do pós-operatório.

As atividades de esforço físico estão suspensas por dois meses e, após este período, é necessário nova avaliação com o cirurgião para então liberar os exercícios.

Sim, o paciente deverá realizar no mínimo dez sessões de drenagem linfática, iniciando a primeira após o quarto dia pós-operatório. Hoje tem-se associado o uso do tapping combinado a drenagem.

É uma técnica de bandagem terapêutica que, quando aplicada na pele com a tensão adequada, ativa o processo de drenagem, uma vez que permite um maior espaço entre a pele e o tecido muscular, liberando o tecido conjuntivo.  

O tapping também age abrindo as vias linfáticas superficiais, deslizando sobre a pele em relação à fáscia, o que, por sua vez, estimula a circulação venosa e linfática.  

É realizado por uma fisioterapeuta, normalmente já associado às drenagens linfáticas. Pode ser iniciado no pós-operatório imediato ou depois. 

É importante lembrar que a fita deve ser aplicada com base próxima ao nódulo linfático, para onde será dirigido o exsudato, líquido responsável pela formação dos edemas e das equimoses. As bandagens funcionais devem ser aplicadas de forma correta (tensão e tipo de corte) para garantir o resultado da aplicação. Então é um procedimento para um profissional especializado, a fisioterapeuta com especialização em Dermato-funcional.